Crítica do Filme “Wonka”
O filme “Wonka” foi talvez um dos mais aguardados em 2023. Apesar de ter suas estreia adiada uma vez, ele superou as expectativas de todos nós.
Não vou mentir que o fato de ser um musical, como os outros, me deixou absurdamente feliz. Eu pessoalmente sou grande fã de filmes musicais então fui assistir com expectativas bem grandes. O diretor Paul King novamente não me decepcionou, assim como nos filmes “Paddington” 1 e 2.
O filme conta a história de Willy Wonka. Dessa vez, um pouco mais jovem, chegando em alguma cidade europeia do passado. Se eu tivesse que arriscar, diria que a inspiração foi Paris. Ele retorna de suas viagens pelo mundo estudando chocolates das mais variadas formas e sabores. O chocolateiro tem a ideia de mudar o mundo com seus doces tão fantásticos e tão mágicos que parece até os que encontramos no universo de Harry Potter.
Wonka, entretanto encontra dois desafios em seu caminho. O primeiro é um cartel de chocolateiros super mesquinhos que controlam todo o comércio de doces da cidade. Esses três chocolateiros oferecem a seus clientes produtos cada vez mais sem qualidade e, principalmente, sem personalidade. É possível perceber que o diretor teve também a intenção de alfinetar alguns estúdios de cinema durante o filme na representação desses personagens.
O segundo desafio é uma dona de uma lavanderia/pensão, maravilhosamente interpretada pela atriz Olivia Colman. Essa dona de pensão, ao invés de dar um registro de hóspedes para os clientes assinarem, faz eles assinarem um contrato comprido, cheio das famosas letrinhas pequenas. Nesse momento uma parte muito importante do filme começa desenrolar: a comédia.
Quem interpreta “Willy” é o Timothée Chalamet e faz um “Wonka”, completamente diferente do “Wonka” do Gene Wilder e mais ainda do feito pelo Johnny Depp. Ainda acredito dizer que foi um “Wonka”diferente do criado pelo escritor Roald Dahl, que fez primeiro roteiro, onde todos esses filmes se baseiam.
Ele é um “Willy” mais suave, menos estranho e misterioso. Muito mais carinhoso, acolhedor e principalmente sonhador que não se compara ao “Wonka” manipulativo criado por Tim Burton. Esses fatos não foram por acaso assim como a escolha de ator também não foi. Além do Timothée passar uma sensação mais doce que os outros dois, o ator foi escalado para ser o jovem “Willy”, um personagem que nunca vimos antes. Além disso, apesar de estar em seus 27 anos, o ator tem aparência de até muito mais jovem, então fica ainda mais fácil de ser plausível.
O Timothée, além de uma voz muito bonitinha, sem impostações exageradas, nos mostra que entendeu bem a referência quando nos apresenta um Willy extremamente parecido com o imaginado pelo Roald Dahl. O roterista sempre deixou claro que para ele a imaginação e a liberdade de demonstrar seu espirito infantil são as coisas mais importantes. Na visão dele, o mundo adulto representa tudo que existe de pior no mundo.
Junto com ele nessa aventura, ele encontra adultos que caíram na mesma armadilha e estão presos no mundo horrível criado pelos adultos ruins. A maior companheira dele nesse filme, é uma menininha que se torna uma luz no meio da desgraça que é a vida deles.
O elenco, é de primeira qualidade, mas sinto a necessidade de fazer uma crítica especial ao gênio Hugh Grant. Ele está absurdamente perfeito no papel de “Oompa-Loompa”. Chega ser loucura dizer isso pois o ator odiou fazer esse papel, mas ficou tão bom que parece ter nascido para ele.
Os cenários são tão lindos que parecem terem sido retirados diretamente de um sonho. Figurinos não poderiam ter sido mais bem executados de tão perfeitos que estavam. Os números musicais eram muito gostosos de assistir, super bem coreografado e com letras sensacionais.
Para finalizar, os roteiristas fizeram questão de deixar um gancho ótimo para a criação de um segundo filme caso queiram. Ele provavelmente seria sobre a própria “Fábrica de Chocolate”.
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