Filipe Ret fala sobre os bots do Spotify
Nos últimos meses, a prática de comprar streams em plataformas de música como Spotify e Apple Music tem sido um tópico quente. Através do uso de bots, essas ações manipulam artificialmente os números de reprodução de músicas, impulsionando-as nos principais charts e criando a falsa impressão de popularidade.
A influenciadora e artista Beatriz Carlos trouxe o assunto à tona em um vídeo nas redes sociais onde detalha o processo de fraude de streams nas plataformas de música e a reação foi imediata. Filipe Ret, um dos principais nomes do rap nacional, comentou: “80% do Top 50 compra play”, referindo-se ao Spotify. Ele lamenta a prática, dizendo que “esconde quem merecia estar aparecendo lá”.
Outro artista que aproveitou para falar sobre o que tem acontecido nos últimos meses foi o cantor Veigh, que provocou: “Qual será o gênero que mais consome esse comportamento?”. Sua pergunta levanta um ponto interessante sobre a distribuição dessas práticas entre diferentes gêneros musicais.
Em resposta às alegações e preocupações, o Spotify afirma estar continuamente investindo em tecnologias para detectar e remover atividades artificiais de streaming. Em comunicado oficial, a plataforma declarou: “Colocamos recursos de engenharia e pesquisas significativos para detectar, mitigar e remover atividades artificiais de streaming no Spotify, para que nada atrapalhe nossa missão de dar aos artistas a oportunidade de viver de sua arte e para que os detentores de direitos sejam pagos de forma tão justa quanto possível para o seu trabalho”.
Tudo indica que os bots são programados para controlar contas de ouvintes e reproduzir repetidamente uma música ou álbum, aumentando assim a contagem de streams. Esses “farms” de streaming podem operar com múltiplos bots simultaneamente, gerando milhares de streams falsos todos os meses. Este fenômeno distorce as métricas de consumo e prejudica a visibilidade de artistas que realmente merecem reconhecimento.
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